sexta-feira, 14 de setembro de 2012


E a você, tempo, deixo o meu maior agradecimento .
Sei que ainda me deve alguns favores por ter levado aqueles perfumes contigo, aqueles sorrisos e aquelas amizades que nunca esquecerei. Mas obrigada, cara. Você que mesmo com um trilhão de 

problemas pra arrastar até o velhote do passado, lembrou de mim. Lembrou daquelas dores antigas, aquelas feridas que a vida me causou. Lembrou-se daquele coração em pedaços que me cortava por dentro. Secou meu rosto da enxurrada de lagrimas que já desceram por aqui. Calou as palavras que gritaram nas noites e me deu sonos tranqüilos. E aquele amor, o tal amor que me feriu, ainda se lembra? Sei que lembra, foi um trabalhão arrancá-lo da minha casa, mas você não desiste, não é? Obrigada, cara, a casa está novinha agora, nem me lembro mais da bagunça que ele causou. Obrigada por trazer sorrisos fresquinhos, um coração novinho, e uma felicidade quentinha saída do forno. Poxa, cara, não precisava de tanto, já choraminguei tanto na sua cabeça, como pode ainda ser tão meu camarada? Ah, tudo bem, tudo bem parceiro. Sei que o seu relógio não o deixa sentar e bater um papo, e sei que você não tem saco pra ouvir minhas asneiras. Então, já que passou por aqui, toma esse embrulho de presente e o entrega ao passado. Sei que sempre se encontra com ele, então não se importaria de deixar com ele esse meu sorriso. È o mais sincero que eu tenho, e sei que deve ser um porre agüentar meus dramas lá atrás, na casa dele. E pensando bem, parceiro, você não me deve nada não. Qualquer dia desses passa ai de novo, tenho uma listinha de coisas pra você dar uma surra e arrastar pra fora da minha vida. E relaxa, camarada, na próxima eu pago a conta do bar.

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